Os trabalhos no Congresso Federal serão retomados nesta quarta-feira (1°) com a posse dos novos legisladores e a realização de reuniões preparatórias para a posse dos deputados e senadores eleitos em outubro de 2022 e as eleições dos presidentes e dos demais cargos da Mesas da Câmara e Senado.
Na Câmara Federal, tudo indica que o atual presidente Arthur Lira (PP-AL) será reeleito com expressiva votação. Por enquanto, apenas Chico Alencar (PSOL-RJ) se colocou como concorrente.
O destaque do ‘terceiro turno’, fechando o ciclo do polarizado cenário eleitoral brasileiro visto em 2022, é a eleição para a presidência do Senado. Depois da posse para a nova legislatura 2023-2027, por volta de 16h, começa a segunda reunião preparatória destinada à eleição. O registro de candidaturas à presidência do Senado pode ser feito até o início da reunião em que ocorre a eleição.
Apesar da oficialização da candidatura do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) ao posto, a disputa sairá entre o favorito e atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ex-ministro do governo Bolsonaro, Rogério Marinho (PL-RN).
O arco de apoio no entorno da candidatura de Pacheco mostra vantagem. São seis partidos: PSD, MDB, PT, União Brasil, PSB e PDT, (Rede e Cidadania) – Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) vão trocar de partido, PT e PSD respectivamente.
Marinho tem 3 siglas alinhadas à sua candidatura: PL, Progressistas e Republicanos. Podemos (4 senadores) e PSDB (3 senadores) são vistos como bancadas indefinidas.
É eleito no Senado quem recebe a maioria absoluta dos votos – 41 senadores. Caso nenhum candidato alcança esse número, os 2 mais votados vão para um 2º turno de votação, o que seria um inédito, já que todos os ex-presidentes levaram no 1º turno.
O ex-ministro declara ter 34 votos garantidos, que poderá levar o pleito para o 2º turno. Marinho diz não haver jogo ganho e afirma a aliados: os indecisos definirão a eleição. Com voto secreto, haverá traições de ambos os lados.