Cerca de 100 famílias ocuparam na madrugada de ontem, terça-feira (28/9), a fazenda Avenida, no município de Itamaraju, extremo sul do Estado, em protesto pela paralisação da Reforma Agrária, o aumento da fome nas cidades, o descaso do governo federal em detrimento do povo brasileiro e para recepcionar o presidente Jair Bolsonaro que desembarcou no município vizinho, Teixeira de Freitas, na manhã de ontem.
Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a fazenda é um complexo de cinco fazendas com mais de 800 hectares de terras sem fins sociais, possui várias casas abandonadas, não há energia elétrica, e é composta por um grande monocultivo de cacau. O grupo alega que a propriedade em questão está abandonada e todos os protocolos de segurança foi seguido pelos ocupantes.
O movimento do Trabalhadores Rural Sem Terra-MST, em rebeldia e resistência prometem intensificar as ocupações de terra para pressionar o presidente execução da reforma agrária.
Ex-funcionários e vizinhos da área afirmam que tem mais de 15 anos que a propriedade está abandonada, boa parte do monocultivo está tomada pela vassoura bruxa e só tem dois caseiros empregados.
De acordo com a direção MST na região, cerca de 75 por cento da fazenda e composto por área de reserva, uma mata nativa associada ao plantio de cacau.
O MST batizou o acampamento de Márcio Matos, conquistense que era ex-dirigente nacional do MST, também filho do ex-prefeito de Vitória da Conquista Jadiel Matos, era filiado ao PT e ocupava o cargo de secretário de Administração da prefeitura de Itaetê (BA). Em no dia 24 de janeiro de 2017 ele foi atingido por cinco disparos de arma de fogo em sua própria casa, no assentamento Boa Sorte, em Iramaia, na região da Chapada Diamantina, por dois homens que chegaram em uma moto e usaram capacetes durante a ação. O filho de Márcio, de apenas 6 anos, estava presente no momento do crime.
Fonte: Bahia Extremo Sul.