O Congresso Nacional (Câmara e Senado Federal) aprovou nesta quinta-feira (15) o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022, estabelecendo as diretrizes para elaboração do Orçamento do ano que vem, incluindo as previsões de receitas e despesas e a meta fiscal e, que aumenta de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões as verbas públicas destinadas às campanhas políticas do ano que vem — fundo eleitoral destinado ao financiamento de campanhas políticas.
O valor é 185% maior do que o gasto em 2020 quando os partidos tiveram R$ 2 bilhões de Fundo Eleitoral. Em 2018, último ano de eleições presidenciais, os partidos tiveram R$ 1,7 bilhão.
O projeto foi aprovado pelos deputados e, depois, pelos senadores. Na Câmara Federal, 278 deputados votaram SIM, 145 votaram NÃO, 88 deputados não votaram por estarem ausentes. Ainda teve uma abstenção e um deputado que não votou.
Dentre os deputados que votaram SIM ao projeto de Lei, que aumenta em 185% as verbas públicas destinadas às campanhas políticas do ano que vem, estão os deputados da ala Bolsonarista Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Carlos Jordy (PSL-SP), Coronel Tadeu (PSL-SP), Major Vitor Hugo (PSL-GO), Heitor Freire (PSL-CE), Marco Feliciano (PRB-SP) e diversos outros – para conferir a lista completa clique aqui.
Os únicos partidos que não tiveram votos a favor dessa Lei foram o Novo, PT, PC do B, Rede, Psol.
Após aprovada na Câmara, a Lei foi votada no Senado Federal onde 40 senadores votaram sim, 33 não e 8 senadores não votaram por não estarem presentes.
Novamente, destaca-se o voto favorável de outro membro da família Bolsonaro: o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-SP).
O deputado Eduardo Bolsonaro, após votar sim para o aumento do fundão, publicou um vídeo em rede social para justificar e afirmar que “não” votou a favor do aumento do fundão. No entanto, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL), rebateu Eduardo e afirmou que o zero três deve ter coragem de assumir seus votos. Veja:
A Lei segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), que pode sancionar integralmente, vetar alguns dispositivos ou vetar integralmente.