As atividades da Câmara de Vereadores de Conquista (CMVC) retornarão do recesso no próximo dia 4 de agosto e por lá ao menos dois projetos polêmicos serão votados no plenário. Contudo, desde já, um deles está repercutindo bastante nos quatros cantos da cidade: o Projeto de Lei nº 246/2021 elaborado pelo executivo Municipal que trata da cobrança pela coleta de lixo.
Consultado pelo Política com Dendê, o vereador e, talvez, principal figura de oposição a atual gestão, Alexandre Xandó (PT), afirmou que, juntamente com a bancada de vereadores do seu partido, irá votar contra o projeto lei, seguindo a mesma decisão do partido na Câmara Federal referente à lei nº 14.026, que abriu caminho para a taxação da coleta do lixo.
Dentre as justificativas, Xandó argumentou que no momento de pandemia o governo deve dar suporte e não cobrar mais taxas da população. “É preciso compreender que vivemos um momento de crise social e econômica absurda, onde, na verdade, a população está precisando é de auxílio… Auxílio emergencial, suporte do governo e não mais taxas”, afirmou.
Como alternativa, o parlamentar apontou medidas tomadas por outros prefeitos para não impactar o bolso da população, que são a judicialização do caso ou a redução do IPTU para compensar a cobrança do novo imposto.
Xandó reforça que a cobrança pela coleta do lixo parte de uma Lei Federal [nº 14.026] sancionada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, é apoiado pelo governo da prefeita Sheila Lemos (DEM) e, por isso, ela deve assumir o ônus.
Para o edil, não houve “boa vontade” por parte da prefeitura em encontrar alternativas, mas sim buscar obter recursos para refazer o “caixa” após “gastar o que tinha e o que não tinha” na eleição municipal do último ano. Por fim, o edil promete mobilizar a população desde o próximo dia 4 até a votação do projeto afim de que o PL não seja aprovado. “Para que a população possa ver quem está do lado do povo e quem não está!”, concluiu.
Ouça a entrevista na íntegra: