A gestão do município de Porto Seguro, capital do turismo de lazer da Bahia, nordeste e um dos principais destinos turísticos do Brasil modernizou e melhorou a coleta de lixo no distrito paradisíaco de Caraíva.
Antes, o serviço público era feito por meio de carroças com tração (puxadas) por animal. Agora passou a utilizar quadrículos para fazer a coleta. Uma medida aprovada pela população e turistas. Com ela, a coleta passar a ser feita com mais agilidade, segurança e preserva a saúde dos animais que eram usados para o serviço.
Segundo informações, o próximo passo que a Prefeitura de Porto Seguro está pretendendo é a substituição dos quadrículos por veículos movidos a energia elétrica, diminuindo ainda mais o impacto dentro da Vila de Caraíva.
EXEMPLO PARA OUTRO MUNICÍPIOS
Enquanto Porto Seguro moderniza a coleta de lixo, Vitória da Conquista, no sudoeste do Estado, parece neste aspecto viver na idade do paleolítico.
Terceiro maior município do Estado, em algumas localidades urbanas do município a coleta do lixo é feita por meio de carroças, como nos loteamentos Pedrinhas e Nova Esperança, bairro Cruzeiro, e o bairro Nossa Senhora Aparecida, e outros.
Aliás, não só a coleta de lixo, mas também transporte de lixos diversos, materiais de construção, resíduos da construção civil e fretamentos em carroças são atividades vistas nos quatros cantos da cidade.
É frequente presenciar nas vias urbanas e reproduzido nos blogs na cidade animais maus tratados, agonizando por excesso de trabalho, desnutridos, que não têm tempo mínimo de descanso nem local adequado para tal. A ausência do poder público municipal, que não fiscaliza, não tem projetos para o tema, não tem gestão para a causa animal e é o único com mais de 100 mil habitantes no Estado da Bahia que não possui Centro de Controle de Zoonoses, mostra o descaso e o atraso da gestão municipal para com os animais.
Também, alguns cargos importantes, até secretarias, são ocupadas por pessoas oriundas de outros municípios, que em certos casos não tem sequer domicílio na cidade ou sentimento de pertencimento por ela, e pessoas da própria cidade, mas que não demonstram proposições inovadoras, fazem somente o “feijão com arroz” para faturarem as belas remunerações no fim do mês, sem, verdadeiramente, conhecer às demandas locais ou perceber às necessidades de projetos para a população.
Umas das poucas vozes em Vitória da Conquista em defesa dos animais, o ex-vereador Sidney Oliveira, não conseguiu a recondução ao cargo na eleição de 2020 diante das regras eleitorais, mesmo obtendo 1.812 votos, quantidade superior a nove vereadores eleitos na mesma eleição (Hermínio Oliveira, Podemos, 1.669 votos; Chico Estrela, PTC, 1.572 votos; Nildo Freitas, PSC, 1.547 votos; Dinho dos Campinhos, PP, 1.486 votos; Nelson de Vivi, Democratas, 1.447 votos; Sub Tenente Muniz, Avante, 1.362 votos; Delegado Marcus Vinicius, Podemos, 1.263 votos; Dr. Augusto Cândido, PSDB, 1.194 votos; e Orlando Filho, PRTB, 1.164 votos).
Além dele, o falecido prefeito Herzem Gusmão iniciou ações em sua primeira gestão em favor dos animais, apesar de na época sofrer fortes críticas de grande parte da mídia local. E também o ex-prefeito Guilherme Menezes, que destinou área para a construção do CCZ e desenvolveu projeto. Ambos os exs-gestores sofreram com a falta de verba para a construção do equipamento.
No mais, os atuais representantes, principalmente do executivo municipal, como ausentam-se da capacidade de criar, para a inercia serve a popular frase do falecido apresentando de televisão Chacrinha: “nada se cria, tudo se copia”. Observem o exemplo de Porto Seguro e copiem, gestores conquistenses!