Rendeu e causou mais desarrumação no grupo governista baiano a entrevista do Senador Jaques Wagner, do Partido dos Trabalhadores (PT), na Rádio Metrópole na última segunda-feira (7), frustrando um acordo para as eleições de outubro deste ano que abriria caminho para o vice-governador, João Leão, do Partido Progressista (PP), assumir o Governo da Bahia pelos últimos oito meses.
Leão não ficou nada feliz e movimentou o tabuleiro da política se reunindo com a cúpula nacional do partido em Brasília. “Após as declarações do senador Jaques Wagner, em entrevista no início da semana, descumprindo alinhamentos construídos fruto de amplo diálogo, o PP da Bahia precisa refletir sobre seu futuro nas eleições estaduais deste ano”, relatou o vice-governador após reunião ontem (9) com o senador Ciro Nogueira, presidente nacional licenciado do Progressistas e atual ministro-chefe da Casa Civil do Governo Federal, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para traçar o futuro do partido na Bahia.
Na reunião, a debandada do partido da base governista foi a principal pauta, conforme adiantado pelo Política com Dendê. “Estamos analisando alguns cenários. Um deles, o PP ter candidatura própria ao Governo da Bahia. O outro, compor com a chapa majoritária do ex-prefeito de Salvador e secretário Geral do União Brasil, ACM Neto”, avaliou.
A reação de Leão caiu como luva não mão da oposição, já que o vice-governador vem sendo paquerado pelo grupo do ex-prefeito e pré-candidato ao Governo do Estado ACM Neto.
A movimentação fez Jaques Wagner pedir desculpas à Leão e membros do partido no estado, como o deputado Cacá Leão, filho do vice-governador. O registro é do jornalista Victor Pinto, do portal BNews. Assista:
No entanto, a desarmonia parece não ter volta: era o oportunidade/motivo que faltava para a migração do partido para a base de ACM Neto. Um movimento que já vinha ganhado força em Brasília, o ninho da política nacional.
É esperar cenas dos, ou do e final, próximos capítulos.