Na sessão da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista ocorrida em 10 de setembro de 2021, o vereador Andresson Ribeiro, do Partido Comunista do Brasil (PC do B), utilizou o plenário para denunciar suposto esquema de compra superfaturada de testes Covid-19 pela prefeitura do município, que teria acontecido em dezembro de 2020.
“Recebemos documentos fidedignos que apontam que testes de Covid foram comprados no município de forma superfaturada […] prestaram contas nos Tribunais de Contas sem se quer ter a cautela de juntar nota fiscal. Isso é gravíssimo” denunciou. “Você compraria de uma empresa que comercializou por R$ 89,00 a unidade [de teste] ou compraria por R$ 155,00?”, acrescentou.
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Contudo, segundo informações que chegaram ao Política com Dendê, o vereador, que como falou no discursos está em posse de “documentos fidedignos”, estaria sendo aliciado, seduzido, no “deixa para lá”, para não mais seguir com a denúncia. A questão é grave pois compromete ainda mais a fragilizada função de fiscalizar a atuação do Executivo, no caso a gestão municipal, uma vez que a Câmara de Vereadores do município está em grande maioria curvada para o governo municipal e de costas para a população.
Até vereador da oposição está com pessoa em cargo de confiança na prefeitura, por exemplo. Qual independência um vereador tem para fiscalizar, denunciar ou cobrar a gestão municipal correndo o risco de perder cargo(s) na prefeitura?