A prefeitura de Vitória da Conquista, no sudoeste do estado, está promovendo blitze por meio do Simtrans, órgão municipal de trânsito, com o apoio da Policia Militar, para apreender motocicletas utilizadas no transporte remunerado de passageiros – moto táxi -, modalidade que passou a ser ofertada no município pela plataforma Uber, mas é considerada pela prefeitura como ilegal.
A gestão municipal vem tentando viabilizar a licitação do transporte público, que atualmente é feito pela própria prefeitura com ônibus alugados. Para angariar passageiros e tornar o número atrativo/viável para a certame, o poder público municipal reduziu ao valor de R$ 2 a passagem para quem utiliza o bilhete eletrônico e R$ 2,50 quem paga com dinheiro em espécie.
Nessa estratégia, forçaram vanzeiros, concorrentes do sistema municipal e que operam na cidade sem regulamentação, a reduzirem o preço das passagens e uma parcela desses profissionais informais desistirem da atividade, migrando os usuários para os ônibus alugados pela prefeitura.
No entanto, a estratégia está ameaçada com a chegada do serviço moto táxi oferecido pela Uber.
Vitória da Conquista, terceiro município em número de população da Bahia, é o único entre os 15 primeiros com maior população que não tem o serviço de moto táxi.
O descaso e falta de planejamento com a expansão urbana ao longo dos anos/décadas permitiu/permite a construção de loteamentos e condomínios cada vez mais distantes do centro urbano, aumentando o custo de operação do transporte público com rotas cada vez maiores e menor número de passageiros, que optam por transportes alternativos, como os fornecidos por aplicativos (Uber, 99 e Maxim), vans ou a aquisição de veículo próprio.