O jornalista e radialista Caique Santos utilizou seu Blog e redes sociais na madrugada e noite deste domingo (23) para denunciar a recusa do SAMU 192 em fazer o transporte de um paciente idoso do Hospital Santa Clara que tinha urgência para ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), disponibilizada no Hospital das Clinicas de Conquista, trajeto este de aproximadamente 750 metros, visto ter sido diagnosticado com Covid-19.
Segundo Caique, mesmo depois de sucessivos apelos dos familiares e até de sua manifestação pública, a médica responsável, que se recusou a se identificar, afirmou em todas as ligações que estava seguindo o “protocolo [clínico]” e só enviaria a ambulância caso o médico do paciente o acompanha-se dentro da ambulância, não tendo disponibilizado profissional do SAMU, e que mesmo a expressa autorização do médico do Santa Clara e as 02 filhas/acompanhantes do paciente serem enfermeiras há mais de uma década, ainda assim a médica não enviou a ambulância.
“A médica disse que só manda a ambulância se o médico do paciente entrar na ambulância junto. O médico do Hospital Santa Clara tem tratado do paciente o tempo todo. Ele deu o diagnóstico há mais de 10 horas, requisitou uma ambulância, conseguiu a vaga no HCC e a única coisa que precisava era do SAMU, era o transporte”, relatou em um vídeo publicado em redes sociais.
“Você tem que convencer um médico que tem ‘não sei quantos pacientes para tratar’ se ausentar do ambiente para acompanhar o paciente dentro da ambulância em um trajeto que não chega a 10 minutos”, acrescentou.
Indignado, o jornalista acrescentou que, de acordo com os familiares, a salvação foi o médico do Santa Clara ter feito um depósito de R$ 1.800 reais para pagar uma ambulância particular e posteriormente a família o ressarciu.
“A médica, além de não querer se identificar, nem o número do protocolo de atendimento para eu fazer a denúncia ela não quis me dar. E o cara que me atendeu também não”, pontuou.
“Segunda-feira iremos acionar Ministério Público, Defensoria Pública, Conselho Municipal de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde, Ouvidoria… quem for preciso. A gente quer tudo ‘passado a limpo’, queremos saber quem é que está certo: o protocolo ou salvar uma vida”, exclamou.