A articulação que fundiu (não leia fodeu), neste mês, os partidos Democratas e Partido Social Liberal, criando o União Brasil 44, resultou na sigla nacional com a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 82 deputados federais no ato da fusão, e vai abocanhar a maior parte do fundo eleitoral e tempo de televisão para as eleições de 2022, mas não uniu, no sentido ideológico, políticos de pensamentos tão diversos como o “mistura tudo” que ocorre na tarde deste domingo (24) em Vitória da Conquista, formando o “PSL” conquistense: “Partido Sheila Lemos”.
O que parece ser um show de democracia, e não deixa de ser, como também não de interesses, é um retrato que as diferenças entre siglas partidárias, se é que existem, para os políticos não devem, e às vezes não são, ser levadas ao pé da letra como é feito pelos séquitos militantes do polarizado cenário político nacional: amizades sendo desfeitas, famílias separadas, agressões verbais por meios virtuais, físicas, intolerância e por aí vai…
Assim como Luís Inácio Lula da Silva e Fernando Collor, ex-presidentes, que no passado foram adversário políticos e depois aliados, a política é um jogo de momento, passageiro e muitas vezes não retrata os bastidores da política. “Política é como nuvem. Você olha ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou’’. José de Magalhães Pinto, ex-deputado Federal, Governador de Minas e ministro.
Da direita para à esquerda, a imagem registrada em rede social divulgada pelo advogado Pedro Alves De Lacerda Sobrinho, o Dr. Pedrinho, do Partido Comunista do Brasil (PC do B), candidato não eleito à prefeitura de Encruzilhada, sudoeste do Estado, nas eleições de 2020, ladeado com Thiago Rangel, membro do diretório estadual do Partido da Mulher Brasileira (PMB), que está em mudança de nome para Brasil 35, partido alinhadíssimo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido/RJ), e que também é filho do Comandante Rangel, candidato não eleito ao Senado Federal pela Bahia em 2020, Kairan Rocha Figueiredo, secretário de Administração de Vitória da Conquista e filiado ao Democratas/União Brasil, Ciano Filho, suplente de deputado federal pelo PROS e antigo filiado do Movimento Democrático Brasileiro, e Lucas Dias, pró-monarquista, secretário Chefe de Gabinete da prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos, do Democratas/União Brasil.
Portanto, o “PSL” conquistense é um exemplo de que não deve existir separações por conta de ideologia ou partido político, é preciso ter calma: se organizar todo mundo tra***… se ajeita! Ou melhor, lacra! Lacrou!