Este fim de semana em Conquista ficou marcado por movimentações políticas. Faz tempo, principalmente nas figuras mais recentes dos ex-prefeitos Herzem Gusmão e Guilherme Menezes, que Conquista deixou de ser quintal de Salvador. Não só Conquista, como diversos outros municípios do Estado, é o caso, também, de Porto Seguro, no extremo-sul.
Capital do turismo de lazer da Bahia e um dos principais destinos turísticos do Brasil, Porto não recebe a mesma atenção e aporte de recursos públicos para investimento em turismo e infraestrutura, por exemplo, como Salvador, mas dá show. São mais de 40 mil leitos de hospedagem exclusivamente para o turismo. Não existe baixa estação. A média de ocupação das vagas nos hotéis é de cerca de 80% durante um ano. É o município baiano consolidado como o principal destino turístico de lazer da Bahia!
Em Vitória da Conquista, o negócio é outro. Capital da região sudoeste e norte de Minas Gerais, Conquista é, proporcionalmente, o município baiano mais industrializado, no mesmo contexto de Porto Seguro, sem receber a devida atenção das esferas públicas como acontece em Salvador e no polo de Camaçari. Conquista se destaca também na oferta de serviços educacionais, médicos e não precisa se rebaixar aos desmandos vindos de Salvador, muito pelo contrário.
Em período como este, na antessala de ano de eleição, é comum políticos sem vínculos e serviços prestados nesta região, comumente denominados de “forasteiros”, vir a frequentá-la com objetivos de votos: saem de Salvador para pedir aqui!
Sem nenhuma ligação com o município, sem serviço prestado no município, nem projeto, tampouco humildade, duma hora para outra tornam-se “apaixonados” por esta terra e falam até em adquirir domicílio por aqui. A estratégia, acompanhada de discursos prontos e pseudo carisma em feiras livres e logradouros públicos, distribuindo abraços, apertos de mãos e tapinhas nas costas, resulta apenas como engodo político.
Além disso, a cultura da época da “pedra lascada” quando políticos desembarcavam de municípios maiores achando-se o faraó, o messias, querendo ser abanados, bajulados, acreditando que soltar uma bufa lá de Salvador a população vai sentir cheiroso aqui, é equívoco, antiquado e démodé!
Vitória da Conquista não precisa dessas figuras sem vínculos com o município. E o vereador Luís Carlos Dudé, em discurso durante ato de filiação do MDB na tarde desse sábado (12), alertou: Conquista tem independência! – e candidatos “da terra”!