Três vereadores de São Paulo, dois deles do PT e um do Solidariedade, pediram à Prefeitura R$ 885 mil em recursos de emendas parlamentares para uso em evento organizado pelas centrais sindicais no dia 1º de Maio, na Praça Charles Miller, no Pacaembu, em São Paulo.
A cantora Daniela Mercury e ao menos outros quatro artistas receberam um total de R$ 187 mil pela realização de shows que deveria servir para entreter a população, mas acabou virando um ato eleitoral pró-Lula, que inclusive contou com a presença do ex-presidente e pré-candidato do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, e aliados.
Embora os cachês dos artistas tenham sido pago por uma produtora, a M Giora, essa será ressarcida pela centrais sindicais que organizaram o evento, como a CUT.
Os participantes pediram voto em Lula, que, no discurso para o pequeno público, fez ataques ao presidente Jair Bolsonaro, seu principal adversário na corrida eleitoral, segundo pesquisas de intenção de voto.
O vereador Fernando Holiday (Novo) protocolou ação popular para impedir o pagamento do cachê de Daniela Mercury, alegando que ela escancarou apoio ao petista, transformando o evento num showmício, o que é proibido pela legislação eleitoral já que fere o princípio da isonomia e privilegia candidatos com maior poder aquisitivo.