A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), responsável pela regulamentação do setor elétrico no país, definiu as novas tarifas de energia elétrica para a Bahia a partir do dia 22 de abril para os mais de 6,3 milhões de clientes atendidos pela Neoenergia Coelba.
Para a baixa tensão, que inclui a maior parte dos clientes residenciais, o efeito médio será de 21,35%. A variação percebida pelos clientes atendidos em alta tensão, como indústrias e comércio de médio e grande porte, será de 20,54%.
Segundo a Coelba, apenas 6,01% do percentual total do reajuste são referentes à empresa e os custos incorridos com geração de energia e encargos de segurança energética foram um dos que mais impactaram no índice do reajuste. A Coelba ainda apontou que a escassez hídrica registrada no ano passado resultou na redução histórica do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas. E decorrência dessa situação, o Brasil precisou acionar usinas termelétricas de reserva, com custo bem mais elevado de operação.
Além disso, a pressão inflacionária também influenciou de forma determinante no resultado do reajuste homologado pela Aneel, assim como vem acontecendo com outros setores da economia.
Mesmo com o atual reajuste, o cliente residencial convencional perceberá uma redução média de 1,6% na conta de energia. Isto por que, no último sábado (16/4), a bandeira tarifaria, taxa extra no consumo de energia elétrica, mudou da grave (escassez hídrica), que estabelecia uma cobrança de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh), para a menos restritiva (verde), reduzindo a zero.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) diz que há grande probabilidade de a bandeira verde permanecer vigente até o fim do ano, pois estudos do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) indicam que não há a necessidade de cobranças adicionais na conta de luz em 97% dos cenários projetados para 2022.
COMPOSIÇÃO TARIFÁRIA – Na composição da tarifa, a parte que compete à distribuidora apresenta o menor impacto. Do valor cobrado na fatura, 33% são destinados para pagar os custos com a compra e transmissão de energia. Os tributos (encargos setoriais e impostos) continuam tendo uma grande participação nos custos da tarifa de energia elétrica, representando 35,3% do total. A distribuidora fica 31,7% do valor pago pelos consumidores baianos para cobrir os custos de operação, manutenção, administração do serviço e investimentos. Isso significa que, para uma conta de R$ 100,00, por exemplo, R$ 31,70 são destinados efetivamente à empresa para operar, manter e expandir todo o sistema elétrico nas 415 cidades atendidas pela distribuidora.