Pré-candidato ao governo da Bahia, o ex-vereador em Vitória da Conquista David Salomão (PRTB) criticou o possível acordo entre Jair Bolsonaro e ACM Neto para a eleição do próximo ano. “Não apoie corrupto no nosso Estado, lembre-se de sua última escolha na Bahia [referindo-se a deputada federal Dayanne Pimentel], que paga a conta é o baiano”, escreveu Salomão em rede social.
A postagem ainda “alertou”, em resposta a uma postagem do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), no Twitter, que felicitava o domingo em homenagem aos pais. “Cresci com meu pai, matuto, me dizendo: ‘filho, o único homem em que você pode confiar 100% sou eu, por que eu dou minha vida por você – Feliz dia dos Pais”, publicou Bolsonaro. “Obedeça seu pai não confie em ACM Neto! Ele é o dono do grupo Globo na Bahia (sua inimiga declarada), te chamou de genocida, luta contra o voto impresso e seu nome está na lista de propinas da Odebrecht”, respondeu Salomão.
VOTO IMPRESSO AUDITÁVEL
Utilizando outra plataforma de rede social, o pré-candidato criticou o Supremo Tribunal Federal, o Partido dos Trabalhadores e o Democratas. Segundo Salomão, a instituição judiciaria e os partidos estiveram “unidos” contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19 que torna obrigatório o voto impresso. “STF, Dem de ACM Neto e PT se unem e impõem uma derrota grande ao povo brasileiro, votaram contra o relatório da PEC do voto impresso. E onde está ACM Neto? ACM Neto está querendo ser governador da Bahia e está infiltrado no governo Bolsonaro através do ministro da cidadania João Roma. Acorda Bahia”, exclamou ele.
Na última quinta-feira (5), a comissão especial da Câmara dos Deputados rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19. Foram 23 votos contrários ao parecer, ante 11 votos favoráveis.
No entanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a PEC do voto impresso será votado no pelo Plenário, mesmo depois da derrota no colegiado. “Comissões especiais não são terminativas, são opinativas, então sugerem o texto, mas qualquer recurso ao Plenário pode ser feito”, justificou.