Em entrevista na noite desta segunda-feira (19) ao programa Agito Geral, do radialista Pedro Alexandre “Massinha”, na rádio UP, o presidente da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista e pré-candidato a deputado estadual, Luís Carlos Dudé (MDB), levantou questionamento sobre os destinos dos 97 mil votos obtidos pela chapa Herzem/Sheila na eleição municipal do ano passado para a eleição do próximo ano quando serão eleitos deputados. “Herzem teve 97 mil votos para prefeito em Vitória da Conquista. Para onde vai essa votação?”, indagou.
No entanto, os dados do ano de 2016, quando foram eleitos prefeito e vereadores, mostram que os votos não seguiram para a mesma base na eleição do ano de 2018, quando eleitos deputados, governadores e senadores.
Em 2016, Herzem venceu no primeiro turno com 78.455 votos e foi eleito no segundo turno com 95.710 votos.
De acordo os resultados da eleição de 2018, os candidatos a deputado mais próximos ao ex-prefeito Herzem Gusmão tiveram votação inexpressiva no município e, como resultado, não foram eleitos.
O mesmo cenário se repetiu na eleição municipal mais recente, 2020, quando os candidatos a vereadores genuínos do ex-prefeito, Gil de Herzem, Ciano de Herzem e Diego Gomes também não conseguiram se eleger.
Na eleição do ano de 2018, um dos principais mentores da vitória de Herzem Gusmão, naquela época deputado federal e candidato a reeleição Lúcio Vieira Lima obteve no município apenas 1.070 votos, 0.77% dos votos válidos.
Enquanto, na mesma linha, a principal aposta a uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o ex-vereador Gilmar Ferraz (MDB) somou apenas 4.743 votos – 2,99% dos votos válidos no município.
Outro candidato a deputado estadual do mesmo grupo, mas pelo PSDB, o braço direito da gestão Herzem que passou por diversas secretárias, Esmeraldino Correia, teve somente 2.347 votos – 1,48% dos votos válidos no município.
Em 2020, novamente, Gilmar concorreu novamente, mas não conseguiu se reeleger vereador.
Esses dados apontam que os votos conferidos em 2016 não foram transferidos para os candidatos do ex-prefeito nas eleições seguintes. O que pode se repetir na eleição do próximo ano.